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Do problema ao deploy

João de Almeida
5 min de leitura

A idealização de aplicações de sucesso é um passo difícil para o desenvolvimento de startups, porém a metodologia Zero To Hero dos hackathons pode ajudar a transformar um simples problema em um produto viável e escalável. Neste artigo, vamos explorar os principais passos desse processo e como aplicá-los no contexto de uma startup.

1. Identificação do problema

Problemas todos nós temos, mas nem todos podem ser resolvidos através de uma aplicação, sendo assim, temos que aprender a filtrar quais podem virar um MVP e posteriormente uma aplicação de sucesso.

Vamos para um exemplo prático: imagine que você é um estudante universitário e tem dificuldades em organizar suas notas e trabalhos. Esse é um problema comum, mas que pode ser resolvido através de uma aplicação que centralize todas essas informações em um só lugar. Assim surgiu o Notion, uma das maiores aplicações de anotação do mundo.

Algumas dicas que me ajudaram muito nos hackathons que participei foram:

  • Foque em problemas que você entende: quanto mais você conhece o problema, mais fácil será a resolução.
  • Pense em problemas que você mesmo tem: se você tem um problema, é bem provável que outras pessoas também tenham.
  • Converse com outras pessoas: a melhor forma de entender um problema é conversando com quem o tem.

2. Desenvolvimento do MVP

Com o problema identificado, é hora de desenvolver um MVP (Minimum Viable Product) para validar a ideia. O MVP é uma versão simplificada da aplicação que contém apenas os recursos essenciais para resolver o problema. Ele é fundamental para testar a aceitação do mercado e validar a viabilidade da ideia. O MVP deve ser uma aplicação focada no problema, com uma interface simples e intuitiva, que permita aos usuários resolver o problema de forma rápida e eficiente.

O DDD ou Domain-Driven Design é uma técnica muito utilizada para desenvolver MVPs de sucesso. Ele consiste em dividir a aplicação em domínios, que são áreas específicas do problema que podem ser resolvidas de forma independente. Cada domínio é desenvolvido separadamente e integrado ao restante da aplicação no final. Essa abordagem permite desenvolver a aplicação de forma mais rápida e eficiente, focando nos problemas mais críticos e entregando valor aos usuários de forma incremental.

3. Validação do produto

Com o MVP desenvolvido, é hora de validar a ideia com os usuários. A validação é um processo fundamental para garantir o sucesso da aplicação, pois permite identificar possíveis problemas e ajustar a solução antes do lançamento. Existem várias formas de validar um produto, como entrevistas com usuários, testes de usabilidade, pesquisas de mercado, entre outros. O importante é coletar o máximo de feedback possível e usar essas informações para melhorar a aplicação.

Uma técnica muito utilizada para validar produtos é o A/B testing, que consiste em testar duas versões da aplicação com grupos de usuários diferentes e comparar os resultados. Essa abordagem permite identificar qual versão é mais eficaz e tomar decisões baseadas em dados reais.

Porém no caso do hackathon, o tempo é curto e a validação deve ser feita de forma rápida e eficiente. Uma boa estratégia é criar um protótipo da aplicação e testá-lo com usuários reais, coletando feedbacks e ajustando a solução conforme necessário. O importante é manter o foco no problema e garantir que a solução atenda às necessidades dos usuários de forma eficaz.

4. Escalabilidade e deploy

Com a validação do produto, é hora de pensar na escalabilidade e no deploy da aplicação. A escalabilidade é um aspecto fundamental para o sucesso de uma startup, pois permite atender a um número crescente de usuários sem comprometer a qualidade do serviço. Para garantir a escalabilidade da aplicação, é importante adotar boas práticas de desenvolvimento, como a utilização de arquiteturas de microsserviços, a implementação de caches e a otimização de consultas ao banco de dados.

Mas, no caso do hackathon, o foco deve ser no deploy da aplicação de forma rápida e eficiente. Uma boa estratégia é utilizar plataformas de hospedagem na nuvem, como o Heroku, Netlify ou Vercel, que permitem fazer o deploy da aplicação com apenas alguns cliques. Essas plataformas oferecem recursos como integração contínua, escalabilidade automática e monitoramento em tempo real, que facilitam o processo de deploy e garantem a disponibilidade da aplicação.

Com a aplicação no ar, é hora de apresentá-la para os jurados e os demais participantes do hackathon.

5. O Pitch

O pitch é a apresentação da sua ideia para os jurados e os demais participantes do hackathon. Ele deve ser claro, objetivo e convincente, destacando os principais pontos da aplicação e o impacto que ela pode causar no mercado. Alguns elementos que não podem faltar no pitch são:

  • Problema: apresente o problema que a aplicação se propõe a resolver e a importância dele para o mercado.
  • Solução: explique como a aplicação resolve o problema de forma eficaz e inovadora.
  • Diferencial: destaque os principais diferenciais da aplicação em relação à concorrência.
  • Impacto: mostre o impacto que a aplicação pode causar no mercado e na vida dos usuários.

Esses são pontos fundamentais para convencer os jurados de que a sua ideia é inovadora, viável e escalável. Além do pitch no Hackathon esses pontos também são fundamentais para convencer seu cliente final a comprar seu produto.

Conclusão

A metodologia Zero To Hero dos hackathons é uma abordagem eficaz para desenvolver aplicações de sucesso, pois permite transformar um simples problema em um produto viável e escalável. Com os passos certos e a dedicação necessária, é possível criar uma aplicação que atenda às necessidades dos usuários e gere impacto no mercado.

Se você tem uma ideia de aplicação e quer transformá-la em realidade, não deixe de participar de um hackathon. Esses eventos são uma ótima oportunidade para colocar a mão na massa, aprender novas técnicas e ferramentas, e validar a sua ideia com outros desenvolvedores e empreendedores.

E aí, pronto para transformar o seu problema em uma aplicação de sucesso?